quinta-feira, 8 de maio de 2014

Todo mundo tá escrevendo sobre comida então eu quero escrever também

   Outro dia minha mãe apareceu com um sorvete de inhame. Até que eu achei essa ideia de trocar a massa de gordura vegetal por alguma coisa melhor legal, mas agora eu acho que ela está ficando louca. Ela entrou nessa mania de só comer coisa saudável. Eu concordaria com isso se o sorvete de inhame fosse tão bom quanto o sorvete normal (porque aquilo não tinha gosto) e se ela não tivesse posto bala no sorvete. Não me entenda mal, eu adoro bala, mas você tem que decidir! Ou você come uma coisa saudável, ou você come bala! Eu acho que foi a falta de gordura que fez ela ficar assim. Por sinal, o meu pai e a minha irmã também são loucos gastronômicos. O meu pai só come porcaria e dá umas desculpas esfarrapadas para não comer coisas que ele não gosta. "Pai, por que você não come miolo de pão?" "É porque engorda." "Mas sorvete também engorda. Porque você toma sorvete, então?" "Porque é bom." "Mas miolo de pão também é bom." "É, só que engorda." E a minha irmã é uma vegetariana de araque que come lula e kani kama mas não come basicamente nenhuma fruta e nenhum legume. Todo mundo tá tentando tanto FINGIR ser saudável que eu não posso nem comer um hambúrguer em paz! Tudo que tem é macarrão com berinjela, pizza de shitake e de abobrinha, estrogonofe de soja e sorvete de inhame! Só coisa de quem finge ser saudável. Pelo menos eu admito que não sou saudável. Eu me encho de chocolate e refrigerante na cara dura. Eu não fico inventando essas porcarias de pizza disfarçada de abobrinha para parecer que não engorda. Eu não faço sorvete de inhame em  aniversário de vó, que é justamente o lugar para se comer coisa boa. Mas e não é que o sorvete não ficou tão horrível?(Menos a parte das balas, aquilo não teve nada a ver).

quarta-feira, 30 de abril de 2014

O condomínio... Que lugar genial

  O meu condomínio é um saco. Sério, aquilo parece um ninho de crianças, e crianças me dão nos nervos. Elas só ficam correndo por aí, gritando um monte de coisas sem sentido e sem propósito algum, e sugando a sua essência vital. Talvez o último ato mencionado não seja praticado tão frequentemente por elas, principalmente em público, mas em todo o tempo de sua existência elas fazem as duas primeiras coisas o tempo todo. Felizmente elas passam a maior parte do tempo contaminando a piscina (que eu nunca vou), então quando eu desço (que é quase nunca) eu posso ter um mínimo de paz.
  É irônico. Recentemente lá no condomínio colocaram uns equipamentos para fazer exercício, daqueles que tem em todo parque. Quem pediu? Todos os adultos do condomínio. Quem usa? Ninguém além das crianças, e eu já expressei meus sentimentos sobre elas. Também há o fator elevador. Antes, tinham dois elevadores velhos: o da frente, que quebrava com certa frequência e o dos fundos que quebrou uma ou duas vezes. Então, o síndico veio com a proposta de trocar os elevadores para não quebrar mais. Mas quando instalaram os elevadores novos (o que demorou um tempão e foi um saco, porque as vezes quando um estava sendo instalado o outro quebrava, e nós tínhamos que subir de escada) eles começaram a quebrar dez vezes mais que os antigos, que foi quando nós descobrimos que o problema era na eletricidade, e não nos elevadores... Eu não tenho muito o que dizer. Essa burrada foi tão genial que me deixou sem  palavras. Realmente, esse lugar não tem mais salvação. Eu acho que eu vou ficar todo o meu tempo livre aqui no computador, e se algum amigo quiser descer, ele que vá por conta própria.

terça-feira, 8 de abril de 2014

"Só gosto de carne"

  Lá estava eu (deus como essa frase é batida para começo de crônica!) sentado conversando com os meus amigos. Nós estávamos no Ranieri, não faz muito tempo. Eu, o Bolha, o Índio e o Breguenaite. Depois de todo o tempo que nós passamos juntos lá eu me senti bem mais próximo de todos. Então lá estávamos nós conversando, zoando das pessoas reclamando da música ruim tocando no ginásio e fazendo nossas piadas internas.
 Isso eu acho uma coisa muito legal: as piadas internas. Eu e o Breguenaite fomos juntos no ônibus, então nós fomos conversando (UM MONTE) e fazendo algumas piadas internas, que nós depois contamos para o resto do grupo. Algumas são completamente tontas e sem sentido, e só trouxas como nós achariam graça naquilo, mas outras... Pensando bem, todas são estúpidas. Isso é uma das partes legais da amizade, você poder falar a maior besteira e ninguém se importar (pelo contrário, até rirem daquilo).
 Eu acho que existem poucas coisas melhores que a amizade, e acampamentos são o lugar perfeito para esse tipo de coisa, porque não tem pais nem aulas para atrapalhar. Lógico que no Ranieri tem aqueles jogos chatos para atrapalhar o dia, como futebol, mas ainda assim dá  para conversar no espaço entre um jogo e outro, enquanto nós vemos os outros times sofrerem e esperamos (mas não por vontade própria) a nossa vez de correr atrás daquela estúpida bola.
 Hoje eu me sinto bem mais amigo dessas pessoas e passo bem mais tempo com elas. Na maior parte do tempo nós estamos conversando e soltando piadas internas estúpidas como "só gosto de carne" ou as frases do inesquecível Tiozão. Eu realmente acho que seremos amigos por um bom tempo.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Para onde eu vou?

 Para onde eu vou? Estou começando essa crônica às cegas. Eu não pensei em nada, não observei nada, não imaginei nada. Apenas uma frase, uma questão. Para onde eu vou?
 Isso poderia ser interpretado da maneira mais simples, que eu já especifiquei. Para onde eu vou com essa crônica, aonde isso vai dar? Eu lhe respondo que eu não sei, que estou deitado em uma jangada à deriva no meio do oceano.
 Também é possível interpretar a mesma pergunta de uma maneira diferente. Para onde eu quero chegar com essa enrolação toda? Nenhum. Não há nenhuma mensagem que  eu queira passar, nenhum significado por trás desta crônica. Pelo menos não propositadamente.
 A questão também pode ser lida como: Para onde eu vou depois que eu acabar esse texto? Aconteceu alguma coisa importante que eu não sei para onde ir e estou refletindo sobre o meu próximo destino? Essa resposta é simples como as outras. Vou para casa. Minha vida está normal, nada de importante está acontecendo. eu vou simplesmente voltar para casa.
 Nós também podemos tomar um sentido mais profundo e pensar: Para onde nós estamos indo?O que nós estamos fazendo? Qual é o nosso objetivo nesse mundo? Por que nós existimos? Existe uma razão ou nós simplesmente existimos? Eu acho que aí eu já estou me aprofundando demais. Na minha opinião, essas são as perguntas mais difíceis de se responder. Uma pergunta leva a outra. Será que suas respostas estão conectadas também? Eu tenho certeza de que todos já se perguntaram pelo menos uma dessas perguntas. E essas, eu não conseguirei responder. Mas eu não quero ir para nenhum lugar com isso. Não quero que isso chegue em um ponto. Para onde eu vou?